Geralmente eu, Marcelo, admiro em silêncio. Só ocasionalmente eu expresso a alguém minha admiração por ele ou ela (seja pela inteligência, cultura ou o que for). Em parte pra não estragar a pessoa, ainda mais quando ela já é suficientemente ovacionada. E em parte porque uma das coisas que mais receio é alguém confundir admiração com inveja, e elogio com bajulação.

Mas quando eu percebo que a pessoa tem maturidade suficiente pra ouvir um elogio e não se deslumbrar e pra ouvir um elogio sem imediatamente achar que está sendo bajulada, mas aceitar o elogio de bom grado e boa mente, nesses casos eu elogio sem problema nenhum, e mostro minha admiração.

Até porque, na minha concepção, a admiração é um sentimento nobre demais, para ser desprezado ou desvalorizado.

A admiração, quando sincera, é um presente que damos a alguém (ou recebemos de alguém). Neste sentido, é um dos sentimentos mais altruístas que existem. E é uma poderosa força da alma que, de tão cheia de autoestima, é capaz de reconhecer o valor do próximo, sem se sentir diminuído pela sua grandeza!

Ou seja, quem sabe admirar o próximo, ao invés de se sentir ameaçado por ele, demonstra também possuir uma nobreza e grandeza que vai muito além de inteligência, capacidade, habilidades, dons, e talentos.