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Horas extras: Dedicação, incompetência ou falta de gestão?

Todas as quintas-feiras publicamos no portal www.gestao.adv.br um artigo inédito sobre departamentos jurídicos e seus relacionamentos internos, com escritórios terceirizados e muito mais. Nos acompanhe!

 


A pedido do colega Sérgio Murilo Lopes, brindo com a reflexão sobre horas extras.

As horas extras, mais do que um vilão econômico, podem ser um termômetro de alguns fatores de gestão.

Alguns gestores pensam que os colaboradores ao fazerem horas extras estão "vestindo a camisa" da empresa.

Outros que as tarefas dadas deveriam ter sido feitas dentro do tempo de trabalho, senão não passam de um bando de molóides.

Ainda outros esquecem que quem realmente faz a gestão de todos, das tarefas é o gestor, portanto, a falta de gestão é uma opção que pode acontecer.

O primeiro ponto a ser analisado é: Como gestor, sei das funções internas de meus colaboradores?

Outro ponto: Como tenho medido a produtividade deles?

Ainda: Tenho dados objetivos, claros, numéricos de tudo isto?


De nada adianta falar que tem trabalho demais, que faltam pessoas, etc…, sem saber realmente qual é o trabalho, grau de complexidade e principalmente se o trabalho que está sendo entregue é adequado e de qualidade.

Isto mesmo!

Algumas pessoas pensam que a entrega é que importa. Cumprir o prazo, mandar em primeiro lugar, colocar no sistema e ter indicadores que cumpriu tarefas. Em fato, o que importa é se a tarefa foi bem cumprida. Cumprir dentro do prazo é obrigação natural. Fazer bem feito é uma regra que deve ser cumprida. Ter iniciativa e pensar em cima daquilo que foi passado é um diferencial.

Se o gestor não está vendo que o trabalho é excessivo ou que se necessita de mais pessoas, cabe ao colaborador ter esta visão.

A única pessoa que pensa não pode ser o gestor. Cada colaborador deve contribuir, ajudar, pensar, criticar, encontrar ideias e soluções também. Pensar e criticar os processos internos não apenas auxilia, igualmente transforma.

As tarefas são complexas ou falta treinamento?

As pessoas são capacitadas e querem fazer ou estão de corpo mole?

A dedicação está sendo substituída pela desorganização ou precisamos de ajuda de pessoas?

Por óbvio, ninguém precisa de robôs, que quando bate 18h estão prontos para ir embora como se fossem automáticos que desligam naquele horário. Igualmente, não precisamos de pessoas que precisam ficar até as 20h todos os dias para cumprir tarefas.

Aliás, hora extra de forma frequente é sinal de que algo vai mal. E normalmente não é dedicação o nome disto. Ou é desorganização ou falta de planejamento e quiçá falta de pessoal ou visão equivocada do gestor.

Cada caso é um caso, mas se no seu departamento as horas extras são uma realidade, pense em avaliar os processos internos, saber exatamente o porque de cada hora a mais, pois estas horas podem pagar outro colaborador ou até mesmo serem um indicador de necessidade de mudança.

Lembre-se gestor: No seu caso, você é pago para pensar e fazer a diferença.

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Artigo escrito por Gustavo Rocha – Sócio da Consultoria GestaoAdvBr
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Eijy Goto