O excesso de uso de algumas palavras tem o efeito colateral de gerar repulsa nas pessoas. Ou seja, a overdose de palavras ou expressões acabam criando uma resistência interna por parte dos ouvintes. Isso não é preconceito, mas uma característica natural do ser humano.
Outra coisa que acontece no fenômeno da linguagem é as pessoas menosprezarem certas palavras e expressões por acreditarem que elas são de origem esquerdista, “progressista”. É o caso, por exemplo, da palavra “resiliência”, que causa tanta ojeriza em grande número de pessoas de direita. Elas acreditam piamente que se trata de uma palavra criada pela esquerda, por isso, a rejeitam. Respeito a aversão, mas esse entendimento está equivocado.
Na verdade, a esquerda não cria nem inventa palavras; normalmente ela apenas pega palavras pré-existentes e dá a elas um novo significado.
Outras vezes, faz pior que isso: diabolicamente, pega as palavras e expressões que lhes são designadas, e se apropria delas! É só reparar um esquerdista falando, seja nos programas jornalísticos ou no parlamento: as expressões ‘criar narrativas’ e ‘sequestrado ideologicamente’, por exemplo, que foram criadas pela direita para se mostrar e explicar a esquerda, foram totalmente apossadas por ela, e hoje em dia são usadas pelos esquerdistas com toda a naturalidade. Inclusive, utilizando-as contra a direita, como já vi acontecer.
Portanto, é um grande erro imaginar-se que a esquerda é brilhante e criativa. Na realidade, ela é tão somente uma entidade que vive de parasitar todos os outros seres existentes, não importa se é a filosofia, a religião, a força produtiva das pessoas, as ciências de um modo geral, a psicologia, a intelectualidade alheia ou os recursos da linguagem…
E, à propósito: A palavra “resiliência” tem origem na ciência (física, no caso), e foi encampado pela psicologia devido ao seu significado e simbolismo muito especial, bonito e profundo.
E nada tem a ver com o esquerdismo.